Francisco Caldeira Cabral : O Legado...




Este post refelecte sobre o legado de Francisco Caldeira Cabral .

Aproveitando a noticia publicada pela ex "DGEMN" que nos remete para os inventarios desta entidade do patrimonio em Portugal com uma história longa e nem sempre positiva, neste caso inventarios de obras de Caldeira Cabral

citação da noticia no site http://www.monumentos.pt/ da extinta Dgemn , agora IHRU


Francisco Caldeira Cabral, o primeiro arquitecto paisagista português. Após a conclusão da licenciatura em Engenharia Agronómica em 1936, no Instituto Superior de Agronomia (ISA), Francisco Caldeira Cabral rumou à Alemanha como Bolseiro do Instituto de Alta Cultura, tendo aí frequentado o curso de Arquitectura Paisagista da Faculdade de Agronomia do Institut Fur Gartengestaltung de Berlim, que concluiu em 1940, obtendo o título de Diplom-Gartner. Nesse mesmo ano é contratado como professor extraordinário pelo ISA e encarregado da regência da disciplina de Desenho Organográfico, passando, meses mais tarde, a leccionar também a disciplina de Construções Rurais. Autorizado pelo Conselho Escolar daquele instituto, inicia um ano depois, a título experimental, o Curso de Arquitectura Paisagista, o qual viria a ser reconhecido por Despacho Ministerial como Curso Livre e o seu regulamento aprovado em 1942. Três anos mais tarde é contratado para o desempenho das funções de Professor Catedrático do Curso Livre de Arquitectura Paisagista, as quais desempenhou até 1975. Em 1953 cria no ISA o Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista, do qual foi director. Exerceu, entre 1951 e 1981, a sua actividade de professor em vários cursos no estrangeiro: Estados Unidos da América, Alemanha e Espanha. Em Évora viria a leccionar de 1979 a 1982. Foi nomeado Doutor Honoris Causa pela University of Hannover (1971) e pela Universidade de Évora (1980). Em 1951 é convidado a inscrever-se como Membro Individual na International Federation of Landscape Architects (IFLA), tendo participado em vários congressos internacionais e integrado júris de concursos internacionais. Em 1957 propõe e é aceite por aclamação a filiação do Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista na IFLA. É eleito vice-presidente da IFLA em 1958, e presidente entre 1962 e 1966, transferindo todo o seu secretariado para Lisboa em 1965. Continuou a sua actividade internacional ligada à IFLA como past president desta federação, desempenhando também altos cargos noutras instituições estrangeiras. É autor de um elevado número de publicações nacionais e estrangeiras. Exerceu também actividade como profissional liberal desde 1940 até à sua morte, em 10 de Novembro de 1992, em áreas como projecto, ordenamento e planeamento do território realizando também vários estudos e pareceres. Em 1988 é agraciado com a Grande Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.


O Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA), que tem à sua guarda o arquivo pessoal de Francisco Caldeira Cabral com o objectivo de o conservar e divulgar, assinala a efeméride destacando os seguintes registos de inventário de património arquitectónico correspondentes a obras de sua autoria, e que se encontram disponíveis on-line, em


Quinta da Agrela, Santo Tirso;












Contudo , este post incide nao sobre o legado enquanto obra mas , o legado do ponto de vista do formador... do pedagogo , enfim os alunos que mais se destacaram , uma geração brilhante de Arquitectos Paisagistas

Porém , nao é facil dedicar um post destes por falta de documentos visuais e informação na internet , desta forma faz-se o possivel, com a promessa que farei um post , resultado de pesquisas bibliográficas, algo que por falta de tempo nao poderei fazer desde já....


Os grandes nomes da primeira geração de Arquitectos Paisagistas formados por FCC :
Azevedo Coutinho, Ribeiro Telles, Edgar Fontes, Viana Barreto, Ilídio de Araújo e Álvaro Dentinho.


uma vez mais,uma referência à DGEMN que "acolhe espólio de arquitectos paisagistas pioneiros"
O Forte de Sacavém, que guarda o maior inventário arquitectónico do país, recebe a partir de 25 de Janeiro de 2006, o espólio de Francisco Caldeira Cabral, de António Viana Barreto, de Gonçalo Ribeiro Telles e de Ilídio Araújo, para futuro tratamento e digitalização.Fazem parte do espólio 10.162 desenhos e 667 pastas de textos dos quatro arquitectos.Vasco Martins Costa, responsável pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), explicou que os arquitectos "continuam a ser os proprietários do trabalho, mas ele passa a ficar guardado e tratado no Forte de Sacavém para posterior acesso público".O espólio inclui muitos projectos para quintas, palácios e jardins botânicos em todo o país, realizados pelo arquitecto paisagista Ilídio de Araújo.Entre os trabalhos de António Viana Barreto destacam-se os projectos de arranjos envolventes da Torre de Belém, Mosteiro da Batalha, Biblioteca Nacional e os Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian.Os arquivos do Forte vão ter, nomeadamente, de Francisco Caldeira Cabral, os projectos para o Estádio Nacional e o Parque Termal das Caldas da Rainha e de Gonçalo Ribeiro Telles projectos concebidos para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e para o Parque de Monsanto.




Gonçalo Ribeiro Telles


personagem marcante e reconhecida da actualidade e paladino do pensamento ambiental e de ordenamento, tem uma carreira destacada de projectista na área da Arquitectura Paisagista e de interveniente na vida pública e cultural da sociedade portuguesa. Autor de inúmeras obras relevantes que se estendem dos anos 50 à actualidade, associa a intervenção em projectos de grande valia (Jardins da Fundação Gulbenkian, Mata de Alvalade, Parque Amália Rodrigues, intervenções no Parque das Nações, entre muitos outros) a uma visão estratégica e integradora sobre a paisagem, quer urbana, quer rural, criando o conceito de “paisagem global”, que orienta uma perspectiva inovadora para a paisagem, em tempos de globalização.
Alia também diversos domínios de intervenção a uma relevante contribuição política e pública, tendo sido o 1º Subsecretário de Estado do Ambiente no Portugal Democrático, depois Secretário de Estado e mais tarde Ministro da Qualidade de Vida, dando corpo a um conjunto de políticas de ambiente, conservação da natureza, ordenamento do território, planeamento urbanístico, que estão na origem de muitas das políticas da actualidade. Professor da Universidade de Évora e em diversas instituições universitárias, destaca-se pelo seu carácter vivo e combativo, marcando e entusiasmando diversas gerações de alunos e colaboradores. A designação da exposição e do livro que recolheu recentemente a sua vasta obra, com o título “A Utopia e os Pés na Terra”, reflecte bem o espírito integrador e multi-facetado que inspira o seu pensamento e que orienta a sua intensa actividade.



consular o site com varios textos de ribeiro telles:
http://ulisses.cm-lisboa.pt/data/002/003/002/






António Viana Barreto


perfil simultaneamente de projectista, com a autoria de importantes projectos, como o jardim envolvente da Torre de Belém (1954), Jardins da Biblioteca Nacional, Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian (1973), remodelação das quintas das Conchas e Lilases, no Lumiar (1983), a par de uma relevante carreira na Administração Pública, Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização, Direcção-Geral de Planeamento Urbanístico e Director-Geral de Ordenamento do Ministério da Qualidade de Vida, com uma vasta actividade e experiência no domínio do ordenamento do território, lançando as bases, “por dentro” da Administração, de um processo menos visível, mas não menos importante, da teoria do ordenamento e sua passagem à prática, através da elaboração dos planos, da preparação da legislação e da gestão urbanística e do território;









Ilídio de Araújo



outro destacado profissional da 1ª geração de arquitectos paisagistas, grande investigador do tema do património paisagístico, publicou diversas obras de relevo, de que se destaca a “Arte paisagista. Arte dos Jardins em Portugal”. Grande conhecedor dos problemas da paisagem e do ordenamento do território, sobretudo na região Norte, trabalhou na Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas e posteriormente, na Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização. Desempenhou as funções de Secretário de Estado do Ordenamento Físico e Ambiente, durante o governo de Sá Carneiro. Defensor acérrimo das temáticas do ordenamento, do património e do litoral, tem pugnado por intervenções esclarecidas e integradoras dos valores culturais da paisagem e do território







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