Souto de Moura a propósito do Pritzker 2011
- "Quando recebi a chamada a dizer que eu seria laureado com o Pritzker, eu nem queria acreditar. Depois recebi a confirmação que era mesmo verdade, e então percebi a grande honra que é. O facto de ser a segunda vez que um arquitecto português é escolhido torna isto ainda mais importante”.
- “Um edifício em cujo interior as pessoas morrem de calor, por mais elegante que seja, é um fracasso. Não se pode aplaudir um edifício apenas porque é sustentável. Seria como aplaudi-lo porque se aguenta”.
- (a arquitectura)“Não é uma musa que me aparece. É um conjunto de factores que são aparentemente incompatíveis, estão num caos: o terreno, o orçamento, os clientes. E depois é um trabalho em que se vai tentar conciliar e ver quem ganha. É um combate».
- «Eu comparo o combate a um jogo japonês, o sumo (eu também sou robusto), a técnica não é derrubar o factor adverso, não é tentar impormo-nos a ele. Ele cai pela sua própria força”.
- «A arquitectura tem que ser lenta. Um bocado como a gastronomia, tem que ser em lume brando, se não queima ou fica cru por dentro. A arquitectura é um modo de vida, não é uma profissão, é uma decisão que nós tomamos de viver assim».
- “O meu sonho é acabar as obras que tenho por acabar em Portugal”.
- "Aconselho os jovens arquitectos a emigrar porque não vejo perspectivas de trabalho em Portugal. Há arquitectos a mais e, com o número de licenciados que vão saindo, as portas começam a fechar-se. Sendo realista e dando um conselho, aqui não vai ser possível fazer Arquitectura. Há muitos países que precisam de arquitectos, como o Brasil e a Suíça".
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