Esta semana, nas andanças por Lisboa, acabei por mera curiosidade espreitar por uma janela do Museu da Cidade para o Jardim e qual não foi a minha surpresa ao encontrar uma belíssima atmosfera banhada pelo quase precioso e único dia de sol da minha estadia, repleta de imaginação e histórias para contar: O Jardim Bordallo Pinheiro foi uma ideia de Catarina Portas, quando a empresa de faiança do artista português ameaçou ir à falência. Os moldes criados por Rafael Bordallo Pinheiro foram recuperados pela ceramista Elsa Rebelo.
No jardim por altos muros cercado, topiária, lagos e fontes recriou-se um cenário encantador e cheio de fantasia: um regalo para os apreciadores das peças do artista e para as mentes imaginativas. São peças de cães, gatos, macacos, caracóis, répteis, peixes, batráquios, lagostas numa escala distinta da realidade, colocadas em locais e posições estratégicas, narrando uma história cheia de movimento e cor. Bordallo Pinheiro concebera essas espécies em cerâmica para decorar o pavilhão português na Exposição Universal de Paris em 1889.
Para além desse espaço, os jardins do Museu incluem também um belíssimo bosque de buxos retorcidos na sua forma arbórea tão rara de encontrar, pelo menos no Norte de Portugal, onde a luz penetra suavemente e os pavões se regalam na sombra e na quietude do espaço sobre o coberto de pervinca.
Aconselho vivamente, a quem tiver a oportunidade, a visitar este Museu cuja entrada é gratuita e se situa no Campo Grande, junto à Faculdade de Ciências de Lisboa.
1 comentários:
o efeito que a bonecada dá ao lago é qualquer coisa!
parece que se está tudo a mexer
Enviar um comentário